Olá pessoal! Como tudo que
aprendi na minha vida, procuro sempre fazer uma síntese dos conhecimentos: isso
é o que fica. E no fim das coisas, os conhecimentos se simplificam. Deve ser a
essência da sabedoria popular...
Tudo isso pra introduzir que,
depois de tudo que eu li, ouvi, assisti, a drenagem da jardinagem pode ser
praticamente generalizada para todas as plantas de jardim. Com pouquíssimas exceções,
as plantas não podem ter raízes encharcadas (nem secas por longos períodos,
claro) e o solo deve ser sempre drenável e adubado! Pronto! Respeitadas as
preferências de luminosidade de cada espécie, 95% dos problemas com plantas
estariam resolvidos!
Drenar a planta ou a floreira é
não deixar que fique água (de rega ou chuva) acumulada no substrato. O ideal é
que sempre exista(m) um(s) furo(s) no fundo de vasos, mas muitas vezes os vasos
que utilizamos não tem esse furo para dreno. Quando isso ocorre, se não é
possível furar “manualmente” o vaso, devemos prestar mais atenção ainda em como
vamos minimizar o efeito de acúmulo de água dentro do substrato.
Bom, vamos à “receita de bolo”...
No fundo das floreiras e vasos,
com ou sem furo:
1) opcional
colocar manta geotextil (bidim) – terá a função de um ‘filtro’ apenas,
minimizando a perda de substrato ou terra que sairá junto com a água pelo
dreno, em outras palavras, não vai sujar o pratinho, chão ou parede. Recipiente
sem furo não precisa.
2) colocar
uma camada de argila expandida ou pedriscos em cerca de 1/5 da altura do
recipiente – este será o fundo do vaso, onde a água excedente não absorvida
pelo subtrato e pela planta ficará acumulada, caso não tenha furo no fundo. Por
isso deve ser um material com bastante vazios...
3) Cobrindo
esta camada, colocamos manta geotextil, para que o substrato também não se
perca entre os pedriscos ou escoe pelo dreno – irá segurar todo o material de
plantio do vaso.
4) Agora
sim podemos colocar a terra adubada em que será plantada a plantinha. Sugiro
sempre comprar terra pronta: preparada, adubada, fofa... Método tradicional:
coloca uma pouco da terra; coloca a mudinha com o torrão no meio; e preenche as
laterais com o restante de terra pronta. Dá uma “apertadinha” na terra para firmar
a planta no lugar.
5) O
passo final é proteger a terra que ficou exposta. Se ficar exposta ela pode ir
sendo levada com o vento e manuseio além de ficar mais vulnerável a perder
umidade. Outra vilã é a chuva que pode carrear e “furar” a terra, respingando água
suja ao redor e podendo machucar as raízes da planta. Cobrir a terra pode
evitar também proliferação de ervas daninhas indesejáveis. Para essa cobertura
normalmente se usa pedriscos, seixos, cascas de árvore ou mesmo a argila
expandida. Para mais opções de cobertura e acabamento veja o Post Plantas resistentes ao pisoteio.
Pronto, as floreiras já estarão
satisfatoriamente drenadas.
Se o jardim/floreira for
construído sobre lajes, pisos acabados ou outras estruturas, importante
impermeabilizar internamente para que não gerem infiltrações nestes elementos,
não esquecendo de deixar furos nas paredes da floreira, ou se possível ligar a drenagem
da floreira (como se fosse um ralo) nas instalações de drenagem pluvial já
existentes da edificação. Os demais passos para execução e acabamento da
floreira podem ser seguidos.
Por motivos óbvios, se a floreira
for construída sobre o terreno natural, regra geral, não é necessário efetuar
os passos 1 a 3 descritos acima, afinal a terra preparada irá se comunicar com
a cova/terreno já existente para trocar umidade e nutrientes naturalmente.
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